quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Cientistas são mais religiosos do que se acreditava.



Um estudo realizado na Universidade de Rice (EUA) mostra que apenas 15% dos cientistas das principais universidades daquele país veem a religião e a ciência como estando em conflito permanente.

Apenas 15% dos entrevistados veem a religião e a ciência como sempre em conflito.

Outros 15% dizem que os dois nunca estão em conflito.

Mas 70% acreditam que a religião e a ciência apenas algumas vezes estão em conflito.

O estudo mostrou que a maioria dos que acredita em um conflito permanente tem um tipo particular de religião em mente (e de pessoas e de instituições religiosas).

Grande parte dos entrevistados atribui a crença no conflito entre ciência e religião a problemas na esfera pública, sobretudo o ensino do criacionismo versus evolução e as pesquisas com células-tronco.

Caminhos válidos de conhecimento

Ao longo da história, a ciência e a religião têm aparecido como estando em conflito perpétuo.

Mas o novo estudo sugere que apenas uma minoria dos cientistas acredita que religião e ciência exigem fronteiras.

“Quando se trata de questões como o que é a vida, formas de compreensão da realidade, as origens da Terra e como a vida se desenvolveu sobre ela, muitos veem a ciência e a religião como estando em desacordo e até mesmo em conflitos irreconciliáveis,” conta Elaine Howard Ecklund, coordenadora da pesquisa.

Mas, excluídos os fundamentalismos de ambas as partes, a maioria dos cientistas entrevistados por Ecklund e seus colegas acredita que tanto a religião quanto a ciência são “caminhos válidos de conhecimento” que podem trazer um entendimento mais amplo de questões importantes.

Aproximadamente metade dos cientistas expressou alguma forma de identidade religiosa.

“Grande parte do público acredita que, conforme a ciência se torna mais proeminente, a secularização aumenta e a religião decresce,” disse Ecklund. “Descobertas como essa entre cientistas de elite, que muitos acreditam não serem religiosos, põem definitivamente em questão as ideias sobre a relação entre a secularização e a ciência.”

Estratégias de ação

O estudo identificou três estratégias de ação utilizadas por esses cientistas de elite para gerenciar os limites entre a religião e a ciência e as circunstâncias em que os dois poderiam se sobrepor.

- Redefinição de categorias - os cientistas gerenciam o relacionamento ciência-religião alterando a definição de religião, ampliando-a para incluir formas não-institucionalizadas de espiritualidade.

- Modelos de integração - os cientistas usam deliberadamente a visão de outros cientistas influentes que eles acreditam que integraram com êxito as suas crenças religiosas e científicas.

- Discussões - os cientistas se engajam ativamente em discussões sobre as fronteiras entre ciência e a religião.

Integração entre ciência e religião

Veja uma lista de outras conclusões do estudo:

68% dos cientistas entrevistados se consideram espirituais em algum grau.

Os cientistas que se veem como espirituais/religiosos são menos propensos a ver a religião e a ciência como sendo irreconciliáveis.

No geral, mesmo os cientistas mais religiosos foram descritos em termos muito positivos pelos seus pares não-religiosos, o que sugere que a integração da religião e da ciência não é tão desagradável para todos os cientistas.

Os cientistas como um todo são substancialmente diferentes do público norte-americano na forma como veem o ensino do design inteligente nas escolas públicas.

Quase todos os cientistas – tanto religiosos quanto não religiosos – têm uma impressão negativa da teoria do design inteligente.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Cristãos sofrem atentado no Natal.

Católicos são mortos em atentados no Natal



Terça-feira, Dezembro 27, 2011




Nigéria inicia investigação após atentados contra igrejas no Natal




26 de dezembro de 2011 • 11h00 • atualizado às 11h08




As autoridades nigerianas investigam nesta segunda-feira os ataques atribuídos a islâmicos que causaram a morte de pelo menos 40 pessoas, quando, no dia de Natal, várias bombas explodiram em igrejas na saída da missa.





A violência foi condenada pelo Vaticano, França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos.


O Papa Bento XVI expressou nesta segunda-feira a sua "profunda tristeza" depois dos ataques, ressaltando que a violência leva "apenas dor, destruição e morte".





O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu o fim da violência na Nigéria, que é o país mais populoso da África com 160 milhões de habitantes divididos igualmente entre muçulmanos, majoritários no norte, e cristãos, mais numerosos no sul.





O governo atribuiu a responsabilidade dos três ataques à seita islâmica Boko Haram. Dois visaram igrejas e o terceiro um comboio do serviço secreto.





Um outro atentado contra uma igreja no sábado à noite não deixou nenhuma vítima fatal. Habitantes também relataram uma explosão que teria ocorrido no domingo perto de uma igreja de Maiduguri (nordeste), informação desmentida por um porta-voz do exército.





O atentado mais grave, contra a igreja católica de Santa Teresa em Madalla, perto da capital Abuja, fez 35 mortos, segundo o último boletim comunicado por uma fonte eclesiástica, e foi reivindicado pelo Boko Haram.





A explosão ocorreu quando os fiéis saíam do edifício após a missa. Alguns morreram queimados em seus carros, enquanto outros, gravemente feridos, precipitaram-se na direção de um padre para pedir a extrema unção.





Os ataques de Natal ocorrem após dois dias de confrontos, quinta e sexta-feira, entre membros do Boko Haram e as forças de ordem no nordeste, que fizeram cerca de 100 mortos.





O presidente, Goodluck Jonathan, condenou a violência e prometeu que tudo será feito para que os culpados sejam julgados. Mas, até o momento, as autoridades não conseguiram impedir que a seita multiplicasse seus ataques, cada vez mais frequentes e mortais.


Habitantes tentam fugir de Damaturu Embora as autoridades acusem o Boko Haram, um porta-voz da polícia afirmou nesta segunda-feira que a investigação sobre o bombardeio Madalla não exclui outras pistas.





"Nós estamos olhando para além do Boko Haram, pois outros indivíduos, que desejam desestabilizar o governo, poderiam agir em nome do Boko Haram", disse à AFP Richard Oguchi.





Ele afirmou que três policiais estavam entre os 35 mortos da igreja de Santa Teresa de Madalla e que nenhuma prisão foi realizada.





O conselheiro de segurança nigeriana, Owoye azazi, anunciou no domingo que "dois criminosos foram presos em flagrante".





Uma explosão fora da igreja de Santa Teresa causou cenas de caos, jovens enfurecidos ameaçavam atacar uma delegacia de polícia, enquanto os policiais dispararam para o ar para dispersá-los.





A explosão arrancou o telhado do edifício e fez buracos nas paredes.


Pouco depois de Madalla, uma bomba atingiu um igreja protestante em Jos (centro), matando um policial.





Em Damaturu, no nordeste, um homem-bomba lançou seu carro contra um comboio dos serviços de inteligência da polícia (SSS), matando três policiais e a si mesmo.


Uma outra explosão foi relatada domingo em Damaturu, mas nenhuma vítima foi registrada.


Nesta segunda-feira, centenas de habitantes foram vistos em pontos de ônibus ou à espera de táxis na tentativa de fugir da cidade.




Observadores temem que o Boko Haram, cujas ações estão se tornando mais sofisticadas, tenham desenvolvido ligações com a filial norte-africana de Al-Qaeda.