Durante o enterro, fiéis levam a foto do Padre Taher Saadallah Boutros, martirizado durante a missa do domingo 31 de outubro de 2010 junto com dezenas de católicos. (Foto Ahmad Al-Rubaye/AFP)
Luiz S. Solimeo
Imagine uma tarde de sexta-feira em Detroit, com uma mesquita cheia de seguidores de Maomé, reunidos para rezar. De repente, vários terroristas “cristãos” armados invadem o local, matam o imã e fazem reféns os presentes. Quando começam a perder o tiroteio que se seguiu com a polícia e militares que acorreram ao local, eles explodem seus cinturões-bomba. O resultado é de 58 mortos e 75 gravemente feridos ou mutilados.
Qual seria a reação da assim chamada opinião pública mundial, ou melhor, da mídia liberal, “celebridades” e líderes políticos? Haveria um coro ensurdecedor contra esse grande ato de crueldade e infâmia: Como alguém pode atacar pessoas pacíficas, no próprio ato de orar?
Então, por que o espetáculo do sangrento ataque de Al-Qaeda à catedral siríaca católica de Nossa Senhora da Salvação, em Bagdá (que deixou mais de cinquenta mortos e quase uma centena mutilados) não provoca o mesmo alvoroço e indignação? As notícias, análises e comentários de jornalistas, “celebridades” e funcionários governamentais foram discretos e comedidos.
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